Acessibilidade à rede de serviços de urgência em territórios de baixa densidade: o caso do Baixo Alentejo, Portugal

AUTOR(ES)
FONTE

Ciênc. saúde coletiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-06

RESUMO

Resumo Em territórios de baixa densidade populacional, o acesso aos cuidados de saúde é uma questão delicada, pois essas áreas tendem a ter um nível mais baixo de prestação de serviços. Uma dimensão do acesso é a medição da acessibilidade. Este artigo tem como propósito medir a acessibilidade aos serviços de urgência e aos meios de emergência médica na região portuguesa do Baixo Alentejo, território caracterizado por uma baixa densidade populacional. A metodologia considera o método network analyst aplicado à rede viária, em dois níveis: o cálculo da distância-tempo aos serviços de urgência usando modo próprio (carro ou táxi); e o cálculo da distância-tempo recorrendo aos meios de socorro e emergência como forma de aceder aos serviços de urgência. Embora se considere que a acessibilidade às urgências atende ao atual quadro legislativo do Sistema Integrado de Emergência Médica, a simulação de diferentes cenários no Baixo Alentejo mostra a existência de disparidades intra-regionais no que se refere à acessibilidade aos serviços de urgência. Verifica-se que é a população idosa, de baixa instrução e residente em zonas com baixa densidade populacional quem apresenta menores índices de acessibilidade, o que traduz uma situação duplamente desvantajosa, uma vez que estes são os maiores utilizadores destes serviços.

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