Ácaros (Acari) de seringueira (Hevea brasiliensis Muell. Arg., Euphorbiaceae) e de euforbiáceas espontâneas no interior dos cultivos

AUTOR(ES)
FONTE

Neotropical Entomology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-08

RESUMO

Foram realizadas coletas trimestrais em 2001 em três cultivos de seringueira no Noroeste do estado de São Paulo. Foram amostradas três seringueiras de cada local. Nas entrelinhas das seringueiras foram coletadas quatro espécies de euforbiáceas espontâneas: Chamaesyce hirta, C. hyssopifolia, Euphorbia heterophylla e Phyllanthus tenellus. Foram coletados 8.954 ácaros de 38 espécies, pertencentes a 31 gêneros de 11 famílias. Tydeidae e Phytoseiidae tiveram maior diversidade de espécies, 9 e 7, respectivamente. As famílias mais abundantes foram Eriophyidae (3.594), Tydeidae (2.825) e Tenuipalpidae (1.027). As espécies mais abundantes nas seringueiras foram: fitófagas - Calacarus heveae Feres, Tenuipalpus heveae Baker, Lorryia sp.2, Lorryia formosa Cooreman e Lorryia sp.1; predadoras - Zetzellia quasagistemas Hernandes & Feres, Pronematus sp., Iphiseiodes zuluagai Denmark & Muma e Euseius citrifolius Denmark & Muma. Entre as euforbiáceas espontâneas, encontrou-se maior abundância de ácaros predadores em C. hirta e E. heterophylla, destacando-se Pronematus sp. e E. citrifolius, sugerindo que estas plantas possam ser importantes na manutenção daqueles predadores nos plantios de seringueira. No entanto, plantas que podem abrigar predadores, mas que também exercem forte competição (nutrientes, água etc.) com a seringueira, não podem ser sugeridas para um programa de manejo de pragas. Estudos sobre competição entre a seringueira e plantas espontâneas precisam ser conduzidos para viabilizar programas eficientes de manejo ambiental, visando o controle dos ácaros-praga da seringueira.

ASSUNTO(S)

manejo de pragas eriophyidae tydeidae tenuipalpidae

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