Ação in vitro da neuwiedase sobre a infecção por T. gondii em fibroblastos humanos e na produção de mediadores inflamatórios por células mononucleares do sangue periférico humano

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

CAPITULO II: A infecção por T. gondii afeta mais de um terço da população mundial, manifestando-se principalmente em indivíduos imunodeprimidos e na infecção congênita. Terapias em uso são limitadas pela resistência do parasita e efeitos adversos. Assim, a busca de novas drogas para o controle dessa infecção é importante. Neste trabalho, avaliamos os efeitos da neuwiedase, uma metaloprotease isolada da peçonha da serpente Bothrops pauloensis, sobre a invasão e proliferação in vitro do T. gondii em fibroblastos humanos. Os resultados obtidos mostraram que o tratamento realizado sobre células previamente infectadas ou sobre o parasita antes da infecção, apresentou níveis de inibição da infecção de 71 % e 61%, respectivamente. Os mecanismos de ação da neuwiedase precisam ser mais bem investigados, mas a capacidade dessa enzima em degradar alguns componentes da matriz extracelular, como laminina, fibronectina e colágeno tipo I pode ser importante na diminuição da invasão de células hospedeiras pelo T. gondii. CAPITULO III: A liberação de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias (IL-12, TNF-α e IL-8) e da citocina antiinflamatória (IL-10) por células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC) foi avaliada após estímulo com neuwiedase, uma metaloprotease Zn2+ dependente isolada da peçonha de Bothrops pauloensis. Iniicialmente, através do ensaio de metabolização do MTT, verificamos que a neuwiedase não afetou a viabilidade celular das PBMCs nas diferentes concentrações testadas (3, 6 e 12 μg/mL) Os sobrenadantes de PBMCs cultivadas na presença de neuwiedase foram coletados e submetidos ao ensaio de ELISA sanduíche para quantificação da produção de citocinas e quimiocinas. Sob estímulo da neuwiedase, as células mononucleares aumentaram de forma significativa a produção de IL-12p40, IL-8 e TNF-α e não houve alteração na produção de IL-10 em relação aos controles não estimulados. Esse estudo confirma o efeito inflamatório da neuwiedase envolvendo a liberação de mediadores pró-inflamatórios, provavelmente contribuindo para o dano local severo induzido pelo envenenamento por Bothrops pauloensis. CPITULO III: A liberação de citocinas e quimiocinas pró-inflamatórias (IL-12, TNF-α e IL-8) e da citocina antiinflamatória (IL-10) por células mononucleares do sangue periférico humano (PBMC) foi avaliada após estímulo com neuwiedase, uma metaloprotease Zn2+ dependente isolada da peçonha de Bothrops pauloensis. Iniicialmente, através do ensaio de metabolização do MTT, verificamos que a neuwiedase não afetou a viabilidade celular das PBMCs nas diferentes concentrações testadas (3, 6 e 12 μg/mL) Os sobrenadantes de PBMCs cultivadas na presença de neuwiedase foram coletados e submetidos ao ensaio de ELISA sanduíche para quantificação da produção de citocinas e quimiocinas. Sob estímulo da neuwiedase, as células mononucleares aumentaram de forma significativa a produção de IL-12p40, IL-8 e TNF-α e não houve alteração na produção de IL-10 em relação aos controles não estimulados. Esse estudo confirma o efeito inflamatório da neuwiedase envolvendo a liberação de mediadores pró-inflamatórios, provavelmente contribuindo para o dano local severo induzido pelo envenenamento por Bothrops pauloensis.

ASSUNTO(S)

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