Ação do bevacizumabe subconjuntival na neovascularização e re-epitelização corneana 25 dias após queimadura química
AUTOR(ES)
Mello, Glauco Henrique Reggiani, Lupion, Fabíola Grigoletto, Oliveira, Fernanda Moreira, Bude, Lucas Roskamp, Wasileweski, Daniel, Cavalcanti, Teresa Cristina, Moreira, Hamilton
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-02
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar a ação do bevacizumabe subconjuntival em modelo experimental de neovascularização em córnea de coelho. Analisar se o modelo de avaliação empregado é adequado e comparar entre os grupos a extensão dos vasos, inflamação e re-epitelização da córnea. MÉTODOS: Estudo experimental, prospectivo em 20 coelhos submetidos a trauma químico com hidróxido de sódio a 1 N divididos em dois grupos, Imediatamente após a queimadura, o grupo tratado recebeu injeção subconjuntival de 0,15 ml (3,75 mg) de bevacizumabe e o grupo controle, injeção subconjuntival de 0,15 ml de soro fisiológico a 0,9%. Após 25 dias, foi realizada análise fotográfica digital para avaliar a extensão e inflamação/calibre dos vasos segundo critério pré-estabelecido e estudo histopatológico da córnea, no qual foi avaliado o estado do epitélio e o número de polimorfonucleares. RESULTADOS: A extensão dos neovasos corneanos foi menor no grupo estudo em relação ao controle (p<0,001). Não houve diferença significativa entre os grupos na inflamação/calibre dos vasos. A análise histopatológica mostrou que não ocorreu diferença entre os grupos nas variáveis estado do epitélio e número de polimorfonucleares. A análise de concordância para a variável extensão dos vasos e para a variável inflamação/calibre dos vasos teve uma estimativa do coeficiente de Kappa respectivamente de 0,705 e 0,500 indicando bom grau de concordância nas diferentes avaliações cegadas, validando o método empregado. CONCLUSÕES: O modelo de avaliação foi adequado e pode ser reproduzido para avaliar outras drogas na córnea. O bevacizumabe inibiu a neovascularização corneana, porém não foi eficaz em reduzir o processo inflamatório. A droga não atrasou a re-epitelização da córnea.
ASSUNTO(S)
neovascularização patológica neovascularização da córnea inibidores da angiogênese queimaduras químicas modelos animais de doença
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