Absenteísmo por distúrbios musculoesqueléticos em trabalhadores do Brasil: milhares de dias de trabalho perdidos
AUTOR(ES)
Haeffner, Rafael, Kalinke, Luciana Puchalski, Felli, Vanda Elisa Andres, Mantovani, Maria de Fátima, Consonni, Dario, Sarquis, Leila Maria Mansano
FONTE
Rev. bras. epidemiol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
02/08/2018
RESUMO
RESUMO: Objetivo: Descrever e analisar o absenteísmo dos trabalhadores do Brasil notificados com distúrbios musculoesqueléticos, do período de 2007 a 2012. Métodos: Estudo quantitativo, transversal e descritivo, com dados retrospectivos e secundários. Os registros foram do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, que notifica trabalhadores em regime de previdência, bem como os informais. O período do estudo foi de seis anos. As variáveis foram: sociodemográficas, organizacionais do trabalho e específicas do agravo. Resultados: Foram aproximadamente 5 milhões de dias perdidos de trabalho, de 18.611 trabalhadores afastados e notificados com o agravo. Os grupos que mais se destacaram na análise foram os analfabetos, na faixa etária dos 50 aos 59 anos, com carga horária diária de trabalho acima de 6 horas, do grande grupo ocupacional 4, os CID-10 M50 e M51 e os trabalhadores com transtornos mentais. Conclusões: Elevado absenteísmo entre os trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos, analfabetos, idade dos 50 aos 59 anos, trabalhadores de serviços administrativos, CID-10 M51 e trabalhadores com transtornos mentais. Há necessidade de traçar políticas públicas que contemplem o absenteísmo causado pelo agravo, a fim de reduzir a morbidade, bem como os prejuízos socioeconômicos.
ASSUNTO(S)
absenteísmo saúde do trabalhador transtornos traumáticos cumulativos doenças profissionais epidemiologia sistemas de informação em saúde
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