Abordagem familiar no tratamento do transtorno obsessivo-compulsivo

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2003-03

RESUMO

Esse artigo revisa a constelação familiar dos pacientes com transtorno obsessivo-compulsivo (TOC), a presença de sintomas obsessivo-compulsivo entre os familiares e aspectos familiares como relacionamento parental, expressividade emocional e acomodação familiar. Algumas evidências sugerem que a hostilidade, o envolvimento emocional excessivo e criticismo observados pelo paciente têm um impacto negativo no seguimento do tratamento comportamental. No entanto, o criticismo, observado nos pais durante a entrevista, têm sido relacionado com melhor eficácia do tratamento comportamental. A acomodação dos familiares frente aos sintomas prediz um funcionamento familiar mais pobre, assim como maior gravidade do TOC depois do tratamento comportamental. Embora existam artigos sugerindo a utilidade de intervenções psico-educacionais e tratamentos de apoio, não existem trabalhos que tenham verificado a eficácia desses procedimentos. Incluir os familiares no programa de tratamento tem sido benéfico segundo alguns trabalhos, embora não confirmado em outros.Os grupos com várias famílias, dirigidos à programação da intervenção comportamental, podem ser uma intervenção promissora. Buscar a diminuição da acomodação familiar frente aos sintomas, dentro de um contexto de intervenção comportamental, têm também se mostrado útil. Pesquisas adicionais dirigidas às intervenções familiares no TOC são necessárias.

ASSUNTO(S)

toc emoções manifestas behavior therapy intervenção familiar exposição e resposta à prevenção

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