Ablação percutânea do parênquima renal por radiofrequência / Percutaneous ablation of renal parenchyma by radiofrequency: experimental study on the ideal temperature and the impact of vasoactive drugs

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

14/07/2011

RESUMO

INTRODUÇÃO: Os tumores renais pequenos e localizados são hoje diagnosticados mais frequentemente graças ao uso mais intenso dos métodos de imagem, o que favorece técnicas de tratamento menos traumáticas e igualmente eficazes. Dentre as técnicas minimamente invasivas, uma alternativa atraente é a radiofrequência (RF) por ser eficiente, de baixo custo e fácil aplicação. OBJETIVO: Avaliar métodos de aprimoramento da aplicação da RF para promover lesão celular renal de forma mais eficiente, obtendo lesões maiores, utilizando diferentes temperaturas e, em seguida, administrar drogas vasoativas para comparar o tamanho das lesões. Objetivou-se avaliar também se há remanescência de células viáveis na área abrangida pela lesão. MATERIAL E MÉTODO: O estudo foi realizado na Divisão de Clínica Urológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo entre janeiro de 2005 e dezembro de 2008. Inicialmente, 16 cães (Grupo A) foram submetidos a RF no parênquima renal com diferentes temperaturas: 80, 90 e 100 graus centígrados. Para comparar os resultados, foi analisado o tamanho das lesões nas diferentes temperaturas por medida da profundidade e da largura, correlacionadas com a impedância. Em seguida, usando a temperatura de 90 oC, 14 cães foram submetidos a RF com injeção dos dois diferentes agentes vasoativos: como vasoconstritor, a adrenalina (Grupo B), versus a prostaglandina E1 (Grupo C) como vasodilatador. Após 14 dias, os animais foram submetidos a nefrectomia para avaliação das lesões e a sacrifício. RESULTADOS: Houve diferença estatisticamente significante na profundidade (p <0,001) e largura (p <0,001) da lesão entre as três temperaturas (80, 90 e 100 oC), sendo que há um pico no tamanho das lesões renais na temperatura de 90 oC. Foi observada diferença estatisticamente significante da impedância entre as três temperaturas estudadas (p <0,001), e se observou resultado mais favorável a 90 oC (menor impedância) e similar entre as temperaturas de 80 e 100 oC. A segunda etapa do estudo demonstrou que o uso da prostaglandina E1 resultou em lesões significativamente mais profundas e mais largas que o uso da adrenalina e também que a resistência tecidual foi menor com a prostaglandina E1. CONCLUSÕES: A temperatura de 90 oC foi mais eficiente para provocar destruição celular com a RF por produzir lesões mais extensas na largura e profundidade, quando comparada com as temperaturas de 80o e 100 oC (p <0,001). A impedância também foi menor com 90 oC (p <0,001). Observou-se que as lesões produzidas sem drogas não apresentaram diferença significante comparado com o uso de prostaglandina E1. Porém, o uso de adrenalina promoveu lesões menores (p <0,001) quando comparada com os dois outros grupos. Não foram observadas células viáveis na análise microscópica dentro dos limites atingidos pela RF em ambos os experimentos

ASSUNTO(S)

ablação por cateter de radiofrequencia catheter ablation radiofrequency kidney laparoscopia laparoscopy neoplasias rim tumors

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