A violÃncia dispersa: a implosÃo do homicÃdio comum no miÃdo das relaÃÃes interpessoais em Alagoas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2003

RESUMO

De um modo geral, com esse estudo, procuramos tornar evidente a discussÃo sobre os homicÃdios interpessoais enquanto uma prÃtica cotidiana, enfatizando o homem comum como agente da violÃncia. Nossa pesquisa procura mostrar que temos uma sociedade potencialmente violenta e de que a prÃtica criminosa nÃo à exclusiva daqueles indivÃduos tidos como os âfora-da-leiâ - assaltante, bandido, crime organizado, delinqÃente -, mas està disseminada por todo tecido social. Deste modo, procuramos refletir sobre a violÃncia a qual qualquer pessoa pode ser submetida, na condiÃÃo de vÃtima ou autor. Situamos o lugar comum - a casa, a escola, a rua, os ambientes de lazer, enquanto o locus da implosÃo da violÃncia, destacando as principais caracterÃsticas e contextos que permeiam a prÃtica do homicÃdio comum nesses espaÃos. Os homicÃdios praticados pelo homem comum nÃo obedecem a cÃlculos racionais nem tem fins lucrativos. No geral, atendem a um demanda emotiva, em que o agente se apresenta com baixo auto-controle. Por esta razÃo, o homicÃdio comum nÃo à uma violÃncia planejada, e, sim, uma ViolÃncia Dispersa; de modo geral, elabora-se na conjuntura do instante, disseminando-se no conjunto da populaÃÃo, de modo desordenado e âirracionalâ. Destarte, procuramos apresentar o perfil do agressor e fazer um mapeamento dos homicÃdios comuns, ocorridos no estado de Alagoas, discutindo essa violÃncia em face dos limites e das contribuiÃÃes que identificamos nas explicaÃÃes distributivista e retributivista

ASSUNTO(S)

violÃncia dispersa ciencia politica implosÃo da violÃncia agente da violÃncia homicÃdios interpessoais

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