A trombólise endovenosa é mais eficaz nos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos cardioembólicos do que nos não cardioembólicos?
AUTOR(ES)
Rocha, Sofia, Pires, Arnaldo, Gomes, Joana, Rocha, João, Sousa, Filipa, Pinho, João, Rodrigues, Margarida, Ferreira, Carla, Machado, Álvaro, Maré, Ricardo, Fontes, João Ramalho
FONTE
Arquivos de Neuro-Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-12
RESUMO
Alguns estudos sugerem que a trombólise endovenosa (TE) conduz a melhor recanalização nos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCI) cardioembólicos. Neste trabalho questionamos se isto terá tradução em benefício clínico. MÉTODO: Avaliamos 177 doentes submetidos a TE, os quais foram categorizados como cardioembólicos (CE) e não cardioembólicos (NCE). Compararam-se a National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) e escala de Rankin modificada. RESULTADOS: A idade média foi 67,4±12,01 e 53,8% eram homens. NIHSS média foi: 14 (admissão), 9 (24 h), 6 (alta), semelhante nos subgrupos. A diferença entre NIHSS à admissão e 24 h foi de 4,17±4,92 (CE: 4,08±4,71; NCE: 4,27±5,17, p=0,900) e entre a admissão e a alta de 6,74±5,58 (CE: 6,97±5,68; NCE: 6,49±5,49, p=0,622). A classificação na mRS não foi significativamente diferente nos subgrupos (alta e 3 meses), mas os doentes com eventos NCE estavam mais independentes aos 3 meses. CONCLUSÃO: Os nossos resultados não documentam um papel específico da TE nos CE, o que pode resultar da heterogeneidade do grupo NCE.
ASSUNTO(S)
cardioembolismo acidente vascular cerebral trombólise
Documentos Relacionados
- Micro-hemorragias cerebrais e trombólise endovenosa: relato de caso
- Revisão sistemática: trombofilias hereditárias associadas aos acidentes vasculares cerebrais pediátricos e a paralisia cerebral
- Fibroelastoma papilífero de valva cardíaca associado a eventos cerebrais cardioembólicos
- O polimorfismo do gene C5 do complemento está associado a acidentes vasculares cerebrais de grandes artérias com aterosclerose em pacientes chineses
- A moda que não é mais moda