A trombólise endovenosa é mais eficaz nos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos cardioembólicos do que nos não cardioembólicos?

AUTOR(ES)
FONTE

Arquivos de Neuro-Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-12

RESUMO

Alguns estudos sugerem que a trombólise endovenosa (TE) conduz a melhor recanalização nos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos (AVCI) cardioembólicos. Neste trabalho questionamos se isto terá tradução em benefício clínico. MÉTODO: Avaliamos 177 doentes submetidos a TE, os quais foram categorizados como cardioembólicos (CE) e não cardioembólicos (NCE). Compararam-se a National Institutes of Health Stroke Scale (NIHSS) e escala de Rankin modificada. RESULTADOS: A idade média foi 67,4±12,01 e 53,8% eram homens. NIHSS média foi: 14 (admissão), 9 (24 h), 6 (alta), semelhante nos subgrupos. A diferença entre NIHSS à admissão e 24 h foi de 4,17±4,92 (CE: 4,08±4,71; NCE: 4,27±5,17, p=0,900) e entre a admissão e a alta de 6,74±5,58 (CE: 6,97±5,68; NCE: 6,49±5,49, p=0,622). A classificação na mRS não foi significativamente diferente nos subgrupos (alta e 3 meses), mas os doentes com eventos NCE estavam mais independentes aos 3 meses. CONCLUSÃO: Os nossos resultados não documentam um papel específico da TE nos CE, o que pode resultar da heterogeneidade do grupo NCE.

ASSUNTO(S)

cardioembolismo acidente vascular cerebral trombólise

Documentos Relacionados