A trajetória política tenentista enquanto processo: do Forte de Copacabana ao Clube 3 de Outubro (1922-1932)

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Este trabalho analisa a trajetória política do movimento tenentista entre 1922, data de seu surgimento, e 1932, momento em que o Clube 3 de Outubro formulou o Esboço de Reconstrução Política e Social do Brasil. O objetivo central é detectar como ao longo desse período o tenentismo transitou de um grupo militar, defensor de interesses institucionais, a grupo político, ao formular um projeto para o conjunto da sociedade, ou seja, passou de um movimento reativo a um movimento propositivo. Sendo assim, a hipótese aqui trabalhada é que a construção do movimento tenentista enquanto ator político coincidiu com suas manifestações no cenário nacional entre 1922 e 1932. Supostamente essa metamorfose foi proporcionada pelo fato de que os tenentes surgiram de um momento histórico de modernização da sociedade brasileira e das Forças Armadas e ao interagir com esse cenário forjaram sua identidade coletiva, sendo assim, capaz de interferir no processo de mudança social. Para tanto, partindo do pressuposto de que o movimento tenentista estava em construção, analisaremos os documentos produzidos nesse período pelos segmentos de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande Sul epicentro de disputa pelo poder político e regiões de maior vitalidade do movimento. Assim, a metodologia empregada será de análise primária de manifestos, programas, folhetins e cartas do tenentismo desse período, uma vez que acreditamos que os textos produzidos pelos atores são produtos intelectuais de reflexões, formulações, ressignificações que os orientam para a ação.

ASSUNTO(S)

militares identidade coletiva brazilian social thinking ciência política tenentismo tenentismo ideologia política ciencia politica identidade social pensamento social brasileiro collective identity estado nacional modernização modernization

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