A trajetória dos egressos do Programa de Aprimoramento Profissional: quem são e onde estão os enfermeiros, fisioterapeutas e psicólogos dos anos de 1997 a 2002 / The trajectory of the graduates of the Professional Improvement Program: who and where are the nurses, physiotherapists and psychologists of the years 1997 and 2002

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O objetivo deste estudo foi o de analisar a inserção no mercado de trabalho dos egressos do Programa de Aprimoramento Profissional PAP, gerenciado pela Fundação do Desenvolvimento Administrativo - Fundap, das áreas de enfermagem, fisioterapia e psicologia, provenientes dos anos de 1997 e 2002. Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, cujo caminho metodológico se delineou por meio da caracterização do perfil sócio-demográfico dos egressos, sua situação acadêmica e profissional além de conhecer a influência do PAP em sua atividade profissional. De um universo de 541 egressos obteve-se o retorno de 153 respondentes (28,28%), sendo: 24 enfermeiros, 51 fisioterapeutas e 78 psicólogos. Constatou-se que na maioria eram mulheres, solteiras, com idade de 31 a 40 anos e residentes na cidade de São Paulo. O perfil acadêmico revelou que mais da metade proveio de escolas privadas e que 70,59% (108) continuaram seus estudos. Profissionalmente, 91,50% (140) estavam empregados, 49,67% (76) trabalhando em instituições de natureza pública, assalariados e na maioria membros de equipe. Os psicólogos foram os que mais possuíam vínculos empregatícios informais, seguidos pelos fisioterapeutas. Apenas dois enfermeiros possuíam vínculos desse tipo. No que tange ao PAP, a maioria dos respondentes (92,15% (141)), considerou a formação recebida importante e muito importante para a realização das atividades realizadas e 96,73% (148) o recomendariam para um colega de profissão. Evidenciou-se que os resultados apontaram para um número expressivo de 37,25% (57) de respondentes que se encontra em instituições de natureza privada. As alegações para a não permanência no setor público pautaram-se na falta de concursos, poucas vagas e baixos salários. Desse modo, supõe-se que mesmo com a importância atribuída ao PAP e com a continuação dos estudos após a conclusão do Programa, o setor público vem perdendo espaço para o setor privado, no que tange à absorção e retenção de profissionais que ele mesmo financiou para aprimorar.

ASSUNTO(S)

recursos humanos em saúde human resources in health labour market training in service public health saúde pública mercado de trabalho treinamento em serviço

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