A tradução como particular experiência de leitura: Triz, de Pedro Süssekind

AUTOR(ES)
FONTE

Estud. Lit. Bras. Contemp.

DATA DE PUBLICAÇÃO

27/06/2019

RESUMO

Resumo Levando em consideração que a leitura - sob a perspectiva hermenêutica de Jauss (1993) - é, acima de tudo, um ato interpretativo, privilegiando, de maneira fulcral, o papel do leitor-receptor da obra literária, o presente estudo visa verificar com que recursos procedimentais o romance brasileiro contemporâneo Triz (2011), de Pedro Süssekind, atualiza essa máxima. Além disso, pretende-se observar como, aqui, dialogam os “efeitos da leitura romanesca” (nos termos propostos por Calabrese, 2009) com o conceito de “pulsão de traduzir” (estabelecido por Ricoeur, 2011), uma vez que o protagonista da obra é um narrador, leitor, estudioso de Literatura Russa, que se dedica à tradução do romance de um autor russo fictício. Sendo um leitor muito particular, de certa forma, anula a si mesmo para eleger uma “morada virtual” no texto, numa espécie de “projeção dirigida” (Gombrich, 2007).Abstract Considering that reading - under the hermeneutic perspective of Jauss (1993) - is, above all, an interpretive act, that privileges a central role of the reader, the present study aims at verifying procedural resources in the contemporary novel, Triz (2011), by Pedro Süssekind. In addition, it is intended to observe how the “effects of romanesque reading” (in the terms proposed by Calabrese, 2009) with the “drive to translate” concept (established by Ricoeur, 2011) are discussed in the novel, since the protagonist is a narrator, a reader, and a scholar that is dedicated to the translation of a novel by an invented Russian author. Being a very particular reader, in a way he annuls himself in a sort of “directed projection” (Gombrich, 2007).

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