A supervisão na clínica-escola : o ato no limite do discurso

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Partindo de uma experiência de mais de vinte anos em uma clínica-escola de psicologia que tem como base a psicanálise, buscamos investigar a atividade de supervisão, também chamada de controle. Para isso encontramos subsídios na produção de Freud, Lacan e discípulos. A investigação foi produzida tendo como guia a retomada do caminho de elaboração de conceitos fundamentais da psicanálise. Nos apoiamos essencialmente nas conceitualizações lacanianas acerca dos quatro discursos - por servirem para situar o impasse do trabalho com a psicanálise na universidade - e do objeto a - que produz um giro radical na psicanálise, na medida em que situa uma causalidade perdida, real, para o sujeito. Destacamos que o fato clínico com que a psicanálise trabalha é singular e não pode excluir a responsabilidade do clínico que o produz. Recorremos ainda à revisão da bibliografia brasileira sobre a supervisão em clínicas, públicas e universitárias, a qual mostrou elementos de convergência com a trajetória deste trabalho. Concluímos que o supervisor, ao se colocar frente ao impossível envolvido na presença do discurso do analista na universidade, terá com seu ato que produzir uma inflexão no discurso universitário, no qual até então o estudante esteve imerso, para marcar um início na trajetória do supervisando em direção à formação psicanalítica.

ASSUNTO(S)

clínicas-escola universidade supervisão clínica

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