A qualidade do atendimento ao parto na rede pública hospitalar em uma capital brasileira: a satisfação das gestantes

AUTOR(ES)
FONTE

Cad. Saúde Pública

DATA DE PUBLICAÇÃO

18/12/2017

RESUMO

O estudo avaliou a qualidade da atenção ao parto na rede pública hospitalar, na cidade do Recife, Pernambuco, Brasil, segundo satisfação das gestantes, por um estudo transversal de cunho exploratório, em todas as unidades públicas hospitalares da rede, agrupadas em natureza da gestão, pela ausculta de 1.000 gestantes. A qualidade da atenção foi realizada segundo estratos de gestão e dimensões da qualidade: acolhimento; respeito ao direito das pessoas; assistência no pré-natal e parto; e ambiência. A significância dos resultados foi analisada pelo teste qui-quadrado de Pearson e Friedman. Houve alta cobertura do pré-natal, sem vinculação com a assistência ao parto e intensa imigração de partos. O tempo de espera pelo atendimento da equipe foi longo, a proporção de partos vaginais foi superior nas maternidades municipais (80%), houve em apenas 16% dos partos o contato pele a pele com o bebê; a amamentação ocorreu em 11% na sala de parto. Entre as esferas de gestão, o hospital filantrópico teve melhor avaliação. As dimensões avaliadas apresentaram diferenças significativas, tendo maiores satisfações com os aspectos: respeito (88,2%), gentileza (86,7%), trabalho dos médicos (85,2%) e confiança nos profissionais (84,3%). Enquanto as maiores insatisfações relacionaram-se com: temperatura da enfermaria (62,2%), possibilidade de fazer reclamações (48,1%), quantidade e qualidade das roupas (49,2%) e privacidade (43%). Apesar das conquistas, os achados revelaram a necessidade de reorganização da política de assistência obstétrica com a regionalização, regulação, consolidação das redes de atenção e intervenções na ambiência, visando consolidar a humanização da atenção.

ASSUNTO(S)

avaliação em saúde qualidade da assistência à saúde parto

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