A pespectiva geofísica sobre a zona de interferência estrutural entre os cinturões de dobramento neoproterozóicos Brasília e Ribeira no Gondwana Oeste

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-01

RESUMO

RESUMO: Os cinturões de dobramento Brasília e Ribeira foram estabelecidos na porção sul-sudoeste do Cráton São Francisco durante a orogenia Brasiliana-Pan Africana (0,9-0,5 Ga - Toniano ao Cambriano) e tiveram um importante papel na colagem do continente Gondwana Oeste. A região apresenta um complexo cinturão de dobras e empurrões regionais que foram superpostos por cisalhamento nos termos finais desta orogenia, com atuação de campos de esforço de diferentes orientações e resultando em uma zona de interferência estrutural. Estas escamas de empurrão compreendem assembleias de crosta inferior a superior de diferentes blocos tectônicos (Paranapanema, São Francisco) e rochas metamórficas geradas durante este evento. A reavaliação de dados de gravimetria terrestre com uma abordagem orientada pelo conhecimento geológico, informação sismológica (modelo CRUST1) e dados magnéticos (modelo EMAG2) revelou detalhes da configuração da crosta profunda e a geometria da zona de interferência na região. O mapa de anomalia de Bouguer Simples mostra uma distribuição heterogênea de densidade na área, salientando a presença de rochas de alta densidade e grau metamórfico ao longo da zona de sutura de Alterosa, disposta sobre a Nappe de Socorro-Guaxupé e entre uma série de escamas de rochas metassedimentares em um sistema de nappes com importante verticalização dos pacotes ao longo das zonas de cisalhamento regionais tardias. Modelos diretos sobre os dados gravimétricos favorecem a interpretação de interferência estrutural até o Norte da nappe de Guaxupé. A comparação com modelos geotectônicos aponta similaridades com cinturões acrecionários modernos e renova a discussão.

ASSUNTO(S)

modelagem gravidade magnetismo tectônica de empurrão zonas de cisalhamento

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