A nova organização do trabalho na universidade pública: consequências coletivas da precarização na saúde dos docentes
AUTOR(ES)
Souza, Katia Reis, Mendonça, André Luis Oliveira, Rodrigues, Andrea Maria Santos, Felix, Eliana Guimarães, Teixeira, Liliane Reis, Santos, Maria Blandina Marques, Moura, Marisa
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-11
RESUMO
Resumo Este artigo tem como principal objetivo analisar a nova organização do trabalho dos professores universitários, estabelecendo uma relação com o panorama de saúde desses trabalhadores. Parte-se do pressuposto segundo o qual a precarização do trabalho nas universidades públicas vem gerando repercussões na saúde dos docentes da educação superior. Realizou-se um estudo qualitativo de caráter exploratório por meio de pesquisa bibliográfica em bases de dados indexadas. Como método de análise, lançou-se mão da analise temática, chegando a quatro categorias empíricas, sendo elas: precarização do trabalho docente; intensificação laboral; aspectos da organização do trabalho docente em universidade; e dados sobre a saúde dos docentes universitários. Verificou-se, na literatura, que prepondera no cenário das universidades o uso de fortes pressões organizacionais e como consequência produz-se a intensificação do trabalho, com destaque para a questão do aumento da exigência de produtividade acadêmica. Constatou-se, ainda, que o tema da sobrecarga de trabalho do professor é recorrente e prevalece a ideia de menor disponibilidade de tempo para o lazer. Além disso, confirmou-se o imperativo da resistência coletiva organizada de maneira a se modificar o quadro de precarização do trabalho do professor.
ASSUNTO(S)
trabalho docente universidades públicas saúde do trabalhador
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