A noção cartesiana de subjetividade / A noção Cartesiana de subjetividade

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

28/02/2012

RESUMO

O presente trabalho tem o propósito de apresentar uma discussão sobre a natureza da noção basilar do pensamento cartesiano: o cogito. Ao estudar a natureza do cogito enquanto substância pensante, pretendemos mostrar a importância do sujeito que emerge desse primeiro princípio metafísico para o estabelecimento de uma ciência indubitável. Para tanto, considerando o caminho reflexivo prescrito por Descartes em suas Meditações Metafísicas, tentaremos mostrar que a noção de subjetividade é crucial para a compreensão da relação entre a metafísica, como entendida por Descartes, e a nova epistemologia que se desenha na modernidade. Procuraremos exclarecer, também, que a participação do sujeito do conhecimento na consolidação da ciência universal não se resume a ser ele uma primeira verdade. Como sabemos, parte-se do âmbito dessa subjetividade nos momentos-chave do sistema cartesiano para elaborar sua epistemologia, mas, ao garantir internamente os pressupostos para a consolidação da certeza, o sujeito amplia sua importância e, no processo de autovalidação, acaba por participar ativamente na fundamentação do conhecimento. O sujeito do conhecimento, se não pode ser considerado o fundamento último da verdade, constitui pelo menos uma primeira fundamentação do princípio de evidência sem o qual nenhuma verdade, para além dos limites desse sujeito, pode ser alcançada.

ASSUNTO(S)

subjetividade cartesianismo sujeito (filosofia) metafísica conhecimento filosofia

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