A intervenção clínica na fase de ultra alto risco é eficaz?
AUTOR(ES)
McGuire, Philip, Selvaraj, Sudhakar, Howes, Oliver
FONTE
Revista Brasileira de Psiquiatria
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-10
RESUMO
Estudos recentes sugerem que a intervenção precoce na psicose poderia melhorar as chances de recuperação e inclusive evitar o início de transtornos psicóticos. A intervenção clínica para indivíduos em ultra alto risco (UAR) de psicose pode ter três objetivos diferentes. O primeiro é o de melhorar os sintomas e problemas "prodrômicos" que os indivíduos normalmente apresentam. O segundo é o de reduzir o risco de psicose franca subsequente. O terceiro objetivo é o de minimizar a demora antes do início do tratamento antipsicótico no subgrupo de indivíduos em UAR que evoluem para um primeiro episódio psicótico. Tanto as intervenções farmacológicas como as psicológicas parecem ser eficazes para reduzir a gravidade dos sintomas apresentados pelos indivíduos em UAR. Ensaios clínicos sobre o impacto dessas intervenções no risco de transição subsequente para psicose foram positivos, mas envolveram amostras pequenas e, dessa forma, a questão de se os efeitos persistem ou não no longo prazo ainda precisa ser resolvida. O monitoramento dos indivíduos em UAR para os primeiros sinais de psicose franca é uma forma eficaz de reduzir a demora entre o início do primeiro episódio e o começo do tratamento antipsicótico. Estudos de acompanhamento são necessários para testar se a redução desse tempo leva a um desfecho melhor no longo prazo. Até hoje, a maioria das intervenções para indivíduos em UAR, como manejo de caso, medicação antipsicótica e terapia cognitivo-comportamental, foram empregadas anteriormente em pacientes com psicose estabelecida. No entanto, é possível que tratamentos que não são normalmente utilizados para pacientes com transtornos psicóticos possam ser eficazes ao serem aplicados nesse estágio.
ASSUNTO(S)
transtornos psicóticos agentes antipsicóticos sintomas terapia cognitiva resultado de tratamento
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