A Interdisciplinaridade no Ensino e Aprendizagem da Matemática
AUTOR(ES)
Rogora, Enrico; Tortoriello, Francesco Saverio
FONTE
Bolema
DATA DE PUBLICAÇÃO
2021-05
RESUMO
Resumo Problemas complexos precisam de abordagens interdisciplinares. Pensar de forma interdisciplinar exige mudanças na aprendizagem e no ensino e, consequentemente, em nossas visões sobre os problemas pedagógicos. Uma abordagem interdisciplinar poderia fornecer uma nova estrutura, também, para lidar com problemas didáticos disciplinares. Neste artigo, propomos uma metodologia que denominamos laboratórios globalmente interdisciplinares (GIL) como uma forma eficaz de praticar o ensino interdisciplinar no ensino médio. Discutimos a possibilidade de aplicar essa metodologia à aprendizagem e ao ensino da matemática. Laboratórios globalmente interdisciplinares são projetados por um grupo de pesquisadores em didática, em colaboração com professores do ensino médio de várias disciplinas, e são ministrados em sala de aula por um grupo de professores em copresença. Eles foram experimentados, na Itália, em muitas classes que fazem parte de um projeto educacional nacional chamado Liceo matematico. Neste artigo, discutimos o princípio geral de design de um GIL e exemplificamos a metodologia, considerando aquilo que chamamos de educar a visão, que visa estimular, dentro de um quadro interdisciplinar, a curiosidade intelectual, a capacidade de detectar as características proeminentes de um problema e, na matemática, a capacidade de conjeturar, que deveria ser uma das preocupações fundamentais do ensino da matemática, segundo o decálogo de Polya para professores de matemática (POLYA, 1981).
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