A inteligência coletiva e as comunidades virtuais - Rede viva e sites dinâmicos: a Web como plataforma ou rede de conexões crescendo organicamente pela atividade coletiva em associações múltiplas e superpostas

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

O presente trabalho procura estudar o campo problemático que envolve a inteligência coletiva e suas implicações para o plano das comunidades virtuais, tomadas aqui num mesmo circuito de múltiplas interferências, considerando o caráter interdisciplinar que a abordagem de percursos conceituais exige A pesquisa segue uma orientação teórico-conceitual e está distribuída em três momentos. Na fase inicial, fez-se necessário reposicionar a questão da inteligência e de seus desdobramentos epistemológicos, filosóficos, éticos, sociais e políticos que, na esteira da modernidade, forjaram uma leitura fragmentada do potencial humano, subtraindo-o do tempo e dos acontecimentos do mundo. Partimos dessa conceituação da inteligência, consoante ao propósito cartesiano de um estatuto universal e invariável da figura do sujeito-pensante e do próprio pensar, para outra perspectiva que confere à inteligência uma propriedade de comunhão com a realidade em toda a sua fluidez, imprevisibilidade e impessoalidade. A inteligência em sua condição de abertura e estreita relação com o exterior nos possibilita descortinar uma paisagem coletiva que revela todo o seu potencial na construção de realidades e na correspondência que estabelece com as políticas de subjetivação de seu tempo. Nesse sentido, e adentrando no segundo momento deste escrito, apresentamos um sumário diagnóstico sobre alguns modos de coletivização da inteligência no cenário contemporâneo, a fim de situar alguns territórios de referência no campo da produção de subjetividade e suas articulações com processos e ações específicas, pressuposto fundamental para a terceira parte do trabalho, que se desdobra sobre a análise da extensão dos processos coletivos no ambiente das redes. Buscamos analisar a dimensão das coletividades, tanto a partir de uma desconstrução de seus contornos habituais (localizações geográficas, entrelaçamentos privados e institucionais), quanto pela imersão e interatividade das mesmas com a amplitude das redes que, de igual modo, vêm sendo transmutadas de um circuito de representações (segmentadas, normatizadas etc.) para um circuito de ações e de encontros entre os corpos. Nesse percurso, tivemos a oportunidade de contemplar centelhas de alteridade que compareceram nos provocando a levantar questões, a problematizar nosso mundo a reclamar a todo o instante nossa reinvenção cotidiana: nos olhares, nos saberes e nas práticas que coexistem em um universo cognitivo fundado num grau de instabilidade radical que altera os pressupostos de ordenamento e representação da cultura tradicional, forçando a redefinição do que se espera da comunicação distribuída em múltiplas plataformas, operacionalizando ações que propõem encadeamentos inusitados pela transformação permanente dos suportes e dos artefatos, prontos a serem alterados, conforme a necessidade pontual de seus usuários, interligados e estimulados a cooperar dentro de sistemas inteligentes

ASSUNTO(S)

inteligencia coletiva comunicacao web semântica inteligência coletiva world wide web networks comunidades virtuais redes de computadores comunidades virtuais semantic web collective intelligence virtual communities networks web 2.0 web 2.0

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