A incomensurabilidade entre as filosofias e a inexistência de revoluções em filosofia
AUTOR(ES)
Oliva, Alberto
FONTE
Trans/Form/Ação
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-08
RESUMO
Este artigo se ocupa de questões metafilosóficas. Nele, discutiremos as razões que fazem com que a filosofia, diferentemente da ciência, problematize a si mesma como empreendimento cognitivo. Em particular, procuraremos identificar como e por que a filosofia acaba se constituindo em problema para si mesma. À exceção das ciências sociais onde há estudos críticos do tipo sociologia da sociologia, a ciência em geral não põe em discussão a si mesma. Raros são os casos em que a ciência chega ao extremo de questionar a própria cognitividade. A filosofia, em alguns de seus mais lúcidos e profícuos exercícios, não se furta a se avaliar como projeto cognitivo. Com esse tipo de preocupação metafilosófica, nosso artigo questionará a pretensão das grandes filosofias de protagonizar revoluções. Defenderemos a tese de que inexistem as revoluções postuladas pelos filósofos, destacando que a incomensurabilidade subsistente entre as filosofias não é provocada por rupturas conceituais ou explicativas e sim pela adoção de diferentes pressuposições absolutas, conforme definidas por Collingwood.
ASSUNTO(S)
essencialismo justificação epistêmica incomensurabilidade progresso cumulativo revolução
Documentos Relacionados
- Racionalidade, incomensurabilidade e história: um diálogo entre as obras de Herbert Simon e Thomas Kuhn
- As filosofias de Schelling
- As eróticas lacanianas e a inexistência do outro
- Sociedade, crítica e liberdade: um cruzamento entre as filosofias de Friedrich Nietzche e Theodor Wiesengrund Adorno
- Sobre as afinidades entre a filosofia de Francis Bacon e o ceticismo