A inclusÃo de alunos com deficiÃncia visual na Universidade Federal do CearÃ: ingresso e permÃnencia sob a Ãticas destes alunos e administradores / Inclusion of students with disabilities in visual Federal University of CearÃ: entry and stay from the perspective of these students and administrators

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

02/09/2011

RESUMO

A educaÃÃo de alunos com deficiÃncia visual organiza-se com base nas diferenÃas, singularidades e na maximizaÃÃo das suas potencialidades. A inclusÃo destes alunos no ensino superior à um direito e estudos tÃm demonstrado como as universidades precisam se organizar para lhes oferecer condiÃÃes acessÃveis, tanto no ingresso quanto na formaÃÃo. A presente pesquisa investiga o fenÃmeno da inclusÃo de alunos com deficiÃncia visual como se apresenta na Universidade Federal do Cearà (UFC), considerando a Ãtica dos prÃprios alunos, docentes e administradores. A pesquisa de campo, realizada de 2007 a 2009, à de cunho etnogrÃfico. Entrevistamos trÃs alunos cegos e um com baixa visÃo, cursando Psicologia, Pedagogia, FarmÃcia, Letras-Espanhol; oito docentes; e quatro coordenadores de curso, entre outros sujeitos. TambÃm fizemos observaÃÃes no Ãmbito de nove disciplinas e levantamento de diversos documentos da UFC. Os dados revelaram que as necessidades educacionais destes alunos sÃo distintas e associadas Ãs suas histÃrias de deficiÃncia visual e de vida escolar. Entre os trÃs alunos cegos, cada um utiliza alguns dos seguintes recursos especializados: sistema Braille, orientaÃÃo e mobilidade e tecnologias digitais como o sistema Dosvox e leitores de tela Jaws e NVDA. A UFC dispÃe e tem ampliado o uso de alguns recursos, como o Dosvox, mas carece ainda de outros, como mÃquina Perkins e impressora Braille. Precisa tambÃm adotar o procedimento de avaliaÃÃo funcional para alunos com baixa visÃo, valorizando suas potencialidades, por exemplo, para o uso de recursos como o microscÃpio, significativo no Ãmbito de cursos como o de FarmÃcia. A histÃria da inclusÃo na UFC à marcada inicialmente por aÃÃes pontuais e sem articulaÃÃo entre si, modificando-se a partir de 2005, com a realizaÃÃo e continuidade do Projeto UFC Inclui. A criaÃÃo tanto de comissÃo para propor polÃticas de acessibilidade, quanto da Secretaria de Acessibilidade UFC Inclui, institucionaliza as aÃÃes inclusivas, fortalecendo-as, polÃtica e pragmaticamente. Na UFC, o fenÃmeno da inclusÃo apresenta-se, em maior grau, em alguns contextos e em menor grau, em outros. Quanto a salas de aula, cinco disciplinas foram consideradas inclusivas, duas, parcialmente inclusivas e duas, nÃo inclusivas, com base em vÃrios parÃmetros. Por exemplo, quanto ao acesso dos alunos cegos aos conteÃdos abordados, nÃo havia atenÃÃo diferenciada por parte dos professores. Os alunos cegos usavam estratÃgias diversas, como digitalizar os textos em casa ou na UFC, atravÃs de serviÃos oferecidos por Projetos, que geravam reclamaÃÃes. Administrativamente, as coordenaÃÃes de curso e demais setores demonstraram nÃo ter clareza sobre a adoÃÃo de medidas inclusivas. Ainda que tenha havido pouco reflexo das aÃÃes inclusivas da UFC na trajetÃria acadÃmica dos alunos com deficiÃncia visual, a organizaÃÃo atual desta instituiÃÃo quanto a polÃticas e aÃÃes inclusivas permite prever uma mudanÃa significativa em futuro prÃximo.

ASSUNTO(S)

educacao especial educaÃÃo inclusiva ensino superior deficiÃncia visual inclusive education higher education visual impairment educaÃÃo inclusiva - fortaleza(ce) deficientes visuais - educaÃÃo(superior) - fortaleza(ce) estudantes universitÃrios com deficiÃncia - fortaleza(ce) - atitudes universidade federal do cearÃ

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