A implementação do consenso: Itamaraty, Ministério da Fazenda e a liberalização brasileira
AUTOR(ES)
Castelan, Daniel Ricardo
FONTE
Contexto Internacional
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010-12
RESUMO
Este artigo trata da política comercial brasileira nos governos de José Sarney (1985-1990), Fernando Collor de Mello (1990-1992) e Itamar Franco (19921994), analisando como, ao longo desse período, o Brasil deixou de buscar derrogações dos princípios do GATT de liberalização progressiva e não discriminação e passou a incorporá-los na formulação da política comercial sob responsabilidade tanto do Ministério das Relações Exteriores quanto dos ministérios econômicos do governo. Explico a convergência de políticas nessas distintas burocracias do Estado pela gradual ocupação das instâncias decisórias por grupos com concepções convergentes sobre a funcionalidade do comércio exterior na promoção do desenvolvimento econômico, o que contribuiu para a evolução da posição brasileira na Rodada Uruguai do GATT e para a reforma do regime de importações. Para sustentar esta hipótese, procurei verificar a relação entre a evolução do pensamento econômico dos grupos responsáveis pela formulação da política comercial e a redefinição de políticas nessa área.
ASSUNTO(S)
política externa brasileira política comercial brasileira gatt rodada uruguai
Documentos Relacionados
- O ministério público e o direito penal do consenso: com enfoque na transação penal
- Conferências de Consenso: a experiência chilena
- Implicações das mudanças tecnológicas para a administração pública brasileira: o caso Ministério da Fazenda
- Dissensos no consenso: a democratização da escola pública em Mato Grosso
- Justificação, aplicação e consenso: notas sobre democracia e deliberação