A EXPERIÊNCIA DA LINGUAGEM E DO SAGRADO NO CONTO "A HORA E VEZ DE AUGUSTO MATRAGA" DE GUIMARÃES ROSA SOB A OCULAR DE MARTIN HEIDEGGER

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Nesta pesquisa buscamos desenvolver o tema da linguagem e do sagrado no pensamento de Martin Heidegger (1889-1976). O sagrado ganha destaque em seu pensamento a partir do diálogo com o poeta Hölderlin (1770-1843). Tal diálogo partiu de uma necessidade do seu pensamento e se tornou possível uma vez que o poema deste poeta coloca em questão a própria essência da poesia. Ao mostrar a necessidade de se avizinharem poesia e pensamento, Heidegger coloca em destaque a própria essência da linguagem. Dessa maneira, falar de uma experiência com a essência da linguagem é, pois, trazer à tona a necessidade de deixá-la ressoar em seu jogo poetar e pensar. O ser, por sua vez, se revela neste jogo uma vez que o seu ocorrer essencialmente se dá através da própria essência da linguagem. No que diz respeito ao sagrado, vemos que ele se revela como a tonalidade mesma da abertura na qual o ser se dá. Tal questão se mostra na existência do homem à medida que ele se exerce enquanto Dasein. Isso porque ao se exercer assim ele se constitui enquanto o procurador do ser (pensar) e o mantenedor da verdade do ser (poetar). Sendo assim, ele faz uma experiência com o sagrado ao fazer uma experiência com a essência da linguagem. A partir destas considerações buscaremos destacar em que medida a existência do personagem que dá título ao conto A hora e vez de Augusto Matraga do escritor mineiro João Guimarães Rosa (1908-1967) deixa ressoar esta experiência da linguagem e do sagrado

ASSUNTO(S)

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