A estranha não morte da privatização neoliberal na Estratégia 2020 para a educação do Banco Mundial
AUTOR(ES)
Robertson, Susan L.
FONTE
Rev. Bras. Educ.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2012-08
RESUMO
O artigo trata da estranha "não morte do neoliberalismo" (Crouch, 2011), referencial ideológico que permanece entre as prioridades das políticas do setor educacional do Banco Mundial (BM). Analisam-se, para exemplificar esse fenômeno, dois relatórios da estratégia do setor educacional, Education Sector Strategy 1999 (Banco Mundial, 1999) e Education Strategy 2020 (Banco Mundial, 2011), usados para orientar as operações do BM na área da educação. Focam-se particularmente as maneiras como um setor privado expandido, juntamente com a Corporação Financeira Internacional (International Finance Corporation - IFC) (o braço investidor do setor privado do BM), é promovido como detentor do conhecimento e da capacidade para atuar num papel mais central na educação enquanto um "mercado emergente". Dessa forma, o artigo centra sua crítica na questão das parcerias público-privadas (PPPs), refletindo sobre o neoliberalismo enquanto projeto político e sobre o paradoxo de seus visíveis fracassos, ao menos por ora, parecerem inspirar rodadas mais avançadas de engenhosidade neoliberal no setor educacional.
ASSUNTO(S)
neoliberalismo banco mundial educação parceria público-privada privatização
Documentos Relacionados
- La estrategia educativa 2020 o las limitaciones del Banco Mundial para promover el "aprendizaje para todos"
- O Banco Mundial e a educação superior brasileira na primeira década do novo século
- A política econômica do Banco Mundial para o financiamento da reestruturação dos serviços de abastecimento e tratamento de água e esgoto em contexto neoliberal
- O mistério em A estranha morte do professor Antena
- Para uma crítica da concepção de política social do Banco Mundial na cena contemporânea