A dança da alma: a dança e o sagrado - um gesto no caminho da individuação

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2000

RESUMO

Este trabalho aborda a dança independente de tipo, época ou cultura. Discutindo algumas definições de dança, aponta para o seu significado simbólico. Considera a dança enquanto gesto que pode se revelar como uma possibilidade de comunhão entre o sagrado e o profano. Esta comunhão é expressa na experiência encarnada como busca de completude, de encontro com a totalidade. Neste sentido, a íntima relação da dança com o religioso pode ser traduzida na atitude da consciência humana transformada pela experiência do numinoso, o qualitativamente outro, o fascinante e o terrível. Para o homem religioso das sociedades primitivas, dançar significa harmonizar-se com os poderes cósmicos, garantir a continuidade da vida. Dançar é vivenciar o sagrado, é reiterar o tempo primordial, é fundar o mundo. Para o homem moderno não é diferente. Embora ele se proclame a-religioso, seu dançar assinala uma busca das origens, que constitui a base da experiência religiosa. Este estudo recorre às concepções de Carl Gustav Jung relativas ao processo de individuação e às considerações, sobre os modos de ser no mundo, de Mircea Eliade para auxiliar na compreensão da dança como um símbolo da vida

ASSUNTO(S)

ciências da religião teologia corpo símbolo psicologia analítica dança

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