A crise de água e sua possível relação com os parcos remanescentes florestais na Região Oeste do Estado de Santa Catarina

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

A Região Oeste do Estado de Santa Catarina está inserida na Bacia do Paraná-Uruguai, possuindo clima classificado como Cfa, ou seja mesotérmico úmido com verões quentes, com diferentes tipos de solos sendo o mais comum o Cambissolo. A cobertura florestal original pertence à Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Decidual e manchas de Estepe Ombrófila ou Campos Naturais. Recentemente a área passou por grave problema de falta de água que afetou econômica e ecologicamente a região. A maior parte dos municípios dessa região vem decretando nos últimos anos estado de emergência devido à estiagem. Neste trabalho foi considerado estiagem quando o início da temporada de chuvas atrasa por um prazo superior a 15 dias e as médias de precipitação pluviométrica mensais dos meses mais chuvosos alcança limites inferiores a 60% das médias mensais de longo período, na região considerada. Seca é uma estiagem prolongada onde existe uma redução das reservas hídricas existentes. Este trabalho teve como objetivo geral estabelecer a possível relação existente entre o parco percentual de cobertura florestal remanescente e a crise da água na região oeste do Estado de Santa Catarina. A pesquisa utilizou dados indicativos referentes ao período de 2003 e 2006 e uma amostra de 121 municípios da região oeste catarinense. Foi utilizada a ferramenta de geoprocessamento para modificações e criação de mapas de solo, uso do solo e cobertura florestal, chuvas acumuladas (dados de 26 estações pluviométricas da CPRM), município de ocorrência e notificação de estiagem. Foram analisados os formulários de avaliação de danos junto ao Departamento Estadual de Defesa Civil de Santa Catarina. Foram criados diagramas climáticos e uma tabela com dados pluviométricos de 6 estações da EPAGRI para o período de 2003 a 2006. Através deste trabalho observou-se que o setor econômico mais afetado pela estiagem no oeste foi o agropecuário, que vem acumulando nos últimos anos grandes prejuízos. Constatou-se através dos mapas de chuvas acumuladas, diagramas e tabelas que a estiagem provocada no período amostrado não esteve ligada totalmente à falta de precipitação na região. Possivelmente este fenômeno tenha relação com o tipo de uso do solo predominante na região, a agricultura e campos, uma vez que a falta de cobertura florestal faz com que boa parte da água da chuva escoe não permanecendo retida no ecossistema

ASSUNTO(S)

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