A correspondência de Simón Bolívar e sua presença na literatura: uma análise de O General em seu labirinto de Gabriel García Márquez

AUTOR(ES)
FONTE

História (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Simón Bolívar, uma das lideranças mais importantes das independências na América do Sul de colonização espanhola, deixou um epistolário com 2815 cartas. Ao partir do propósito em expor o projeto narrativo epistolar, um dos temas de destaque, no decorrer da leitura, foi o da renúncia do general. As diversas solicitações de renúncia ao cargo administrativo e as justificativas que as acompanhavam levaram-me à análise do que denominei por memória da indispensabilidade. Depois da investigação desse discurso no epistolário, as relações com a literatura e a biografia foram fundamentais para ampliar a compreensão acerca da composição dessa memória da indispensabilidade nas epístolas. Para este artigo, pretende-se cotejar as cartas de Simón Bolívar e o romance de Gabriel García Márquez, O General em seu labirinto. A hipótese é a de que o texto literário, além de usar o epistolário bolivariano para construir seu personagem e a cena romanesca, acrescenta possibilidades explicativas sobre o projeto de memória conduzido pela escrita de cartas, na mesma medida em que reforça o culto ao general Libertador.

ASSUNTO(S)

memória cartas história literatura

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