A contribuição da inclinação inferolateral do acrômio na síndrome do impacto subacromial: uma avaliação retrospectiva por ressonância magnética

AUTOR(ES)
FONTE

Radiol Bras

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar a contribuição da inclinação inferolateral do acrômio na síndrome do impacto subacromial. Materiais e Métodos: A inclinação inferolateral do acrômio foi quantificada retrospectivamente por dois pesquisadores em 346 ressonâncias magnéticas de ombro por meio dos ângulos glenoacromial (entre a superfície inferior proximal do acrômio e a face glenoidal no plano coronal) e acromioclavicular (entre o eixo do acrômio proximal e o eixo da clavícula distal no plano coronal). Resultados: Houve associação entre ângulo glenoacromial e síndrome do impacto subacromial (p < 0,001) e ruptura completa do tendão supraespinal (p < 0,001). Ângulo acromioclavicular associou-se a ruptura parcial ou completa do tendão supraespinal (p = 0,003). A área sob a curva (area under the curve - AUC) característica de operação do receptor, o melhor ângulo de corte e a razão de chances (odds ratio - OR) do ângulo glenoacromial para a síndrome do impacto foram, respectivamente: 0,579 (intervalo de confiança [IC] 95%: 0,508-0,649; p = 0,032), 72° e 2,1 (IC 95%: 1,136-4,053). Para ruptura completa do tendão supraespinal, a AUC, o melhor ângulo de corte e a OR do ângulo glenoacromial foram, respectivamente: 0,731 (IC 95%: 0,626-0,837; p = 0.001), 69° e 8,496 (IC 95%: 2,883-28,33). Para ruptura parcial ou completa do tendão supraespinal, a AUC, o melhor ângulo de corte e a OR do ângulo acromioclavicular foram, respectivamente: 0,617 (IC 95%: 0,539-0,694; p = 0,002), 17° e 3,288 (IC 95%: 1,886-5,768). As concordâncias interobservador encontradas para os ângulos glenoacromial e acromioclavicular foram, respectivamente: 0,737 (IC 95%: 0,676-0,787; p < 0,001) e 0,507 (IC 95%: 0,391-0,601; p = 0,001). Conclusão: Inclinação inferolateral do acrômio pode determinar alguma influência sobre a síndrome do impacto subacromial, entretanto, o melhor método de quantificação identificado (o ângulo glenoacromial) apresentou moderada concordância interobservador e desempenho moderado para estratificar o risco de ruptura completa do tendão supraespinal.

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