A colagem Brasiliana na América do Sul: uma revisão

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Geol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

Consoante os mais recentes dados geológicos e geocronológicos do embasamento da Plataforma Sul-Americana, a colagem orogênica Brasiliana se deu em quatro pulsos distintos: a) eocriogeniana (ca. 800 - 70Ma); b) tardicriogeniana-eoediacarana (ca. 660 - 610 Ma); c) eo-médio ediacarana (ca. 590 - 560 Ma) e d) tardicambriana (520 - 500 Ma). Os três primeiros pulsos da colagem apresentam boa representatividade na maioria das províncias estruturais do Neoproterozóico, em todo Gondwana Ocidental. O último e mais jovem pulso orogênico constitui casos específicos locais registrados na Argentina (Orogenia Pampeana) e no Brasil, no leste do Rio de Janeiro (Orogenia Búzios). No cômputo geral, o intervalo de tempo (ca. 750 - 500 Ma) é comparável com o que é conhecido sobre o conjunto mais oriental (Árabe-Nubiano, Moçambique, Kuunga) e norte de Gondwana (Cadomiano), nos vários segmentos derivados deste supercontinente. No detalhe são encontradas diferenças importantes de eventos e idades entre os vários segmentos de Gondwana, o que é esperável diante da magnitude territorial da aglutinação do supercontinente e da natural diversidade dos cenários paleogeográficos e tectônicos. Em Gondwana Ocidental observa-se peculiaridade interessante: sotoposta aos edifícios orogênicos do Brasiliano e retrabalhada fortemente nos quatro pulsos principais, é encontrada série muito diversificada de terrenos do Toniano, em termos de rochas e proveniência tectônica. Estes terrenos (1000 - 900 Ma) e sua relação tanto com os processos da fusão de Rodinia como com os de aglutinação de Gondwana constituem um problema em aberto. Há algumas outras indicações, ainda muito pouco documentadas, da presença de tais terrenos em Gondwana Oriental.

ASSUNTO(S)

colagem orogênica gondwana ocidental criogeniano ediacarano pulsos orogênicos terrenos tonianos

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