A cobertura da mídia impressa e o enquadramento das favelas cariocas na linguagem da violência urbana
AUTOR(ES)
Palermo, Luis Claudio
FONTE
Civitas, Rev. Ciênc. Soc.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2018-04
RESUMO
Resumo: A questão fundamental para o artigo é comparar as coberturas dos jornais impressos Extra e O Globo acerca do início da ocupação policial realizada na favela Santa Marta. Visa-se, com isso, mostrar uma similaridade geral e algumas diferenças nos trabalhos desses veículos. A linha de raciocínio e argumentação é a relação entre os discursos das mídias em voga e as pressões sociais que contribuem para conformar tais discursos. Nesse sentido, é postulado que as diferenças nas coberturas podem ser apreendidas partindo do vínculo entre os discursos dos periódicos e as expectativas que essas mídias nutrem em relação às percepções dos leitores. Como semelhança geral, identifica-se o enquadramento preponderante das reportagens na ocupação militar da favela. Para explicar essa similaridade entre os impressos, invoca-se o casamento entre os discursos da imprensa e as representações gerais da sociedade sobre a ligação das favelas cariocas com a linguagem da violência urbana. Desse modo, é defendido que as mídias emprestam uma característica específica à referida linguagem ao incorporar, acriticamente, informações, dados, explicações e representações provenientes dos integrantes do governo.
ASSUNTO(S)
mídia impressa favelas cariocas linguagem da violência urbana sociologia e imprensa unidades de polícia pacificadora (upp)
Documentos Relacionados
- O discurso da mídia televisiva na pacificação de favelas cariocas: um olhar crítico
- O enquadramento do aborto na mídia impressa brasileira nas eleições 2010: a exclusão da saúde pública do debate
- Violência sexual contra crianças na mídia impressa: gênero e geração
- A violência urbana e o papel da mídia na concepção de professoras do ensino fundamental
- 4. Limites do Enquadramento: desafios metodológicos para a análise de mídia impressa