A bolha de 2008 na bolsa de valores brasileira : teorias e evidências

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Um aumento no preço dos ativos sem que haja uma explicação econômica para tal é considerado como sendo uma bolha. A existência de bolhas na economia é motivo de preocupação dos bancos centrais em todo o mundo, não apenas pela bolha em si, mas principalmente pelas consequências danosas que seu estouro descontrolado pode causar. Esta tese trata de bolhas e crises sob o ponto de vista de duas correntes distintas de pensamento econômico a Escola Austríaca e a Hipótese da Instabilidade Financeira (HIF), criada por Hyman Minsky com visões opostas sobre o motivo da formação de bolhas e de como lidar com a crise advinda de seu estouro. Apresenta também um modelo econométrico para o Ibovespa, verificando que os fatores financeiros foram os que melhor explicaram sua formação no período de setembro de 1999 a dezembro de 2009. Com o Ibovespa descolado de seus fundamentos, foi apresentado um teste empírico para a economia brasileira baseado na teoria austríaca, onde se constatou que o tanto o consumo quanto o investimento se reduzem no longo prazo devido à política de redução de taxas de juros. Antes que isso aconteça, cria-se um ambiente perfeito para o surgimento de bolhas. O surgimento e o estouro da bolha imobiliária norte-americana e as consequências sofridas pelo mundo, particularmente o Brasil, também é discutido sob o ponto de vista minskyniano. A tese termina verificando que a crise brasileira iniciada com a quebra do Lehman Brothers não ocorreu por contágio proveniente dos Estados Unidos, mas por interdependência.

ASSUNTO(S)

garcia bolhas contágio análise fundamentalista garcia administracao bubbles, contagion, fundamental analysis

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