A avaliação da refração objetiva e subjetiva pós-operatória para lentes intraoculares premium

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras.oftalmol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2020-12

RESUMO

Resumo Objetivo: Avaliar retrospectivamente seis diferentes LIOs premium em relação à refração subjetiva e objetiva após operação de catarata. Métodos: Quinhentos e setenta (570) olhos de 285 pacientes com catarata bilateral submetidos a facoemulsificação e operação de implantação de LIO entre fevereiro de 2017 e setembro de 2018 foram incluídos neste estudo. A média de idade dos pacientes foi de 57,78 ± 7,49 (41-71) anos. Dos 285 pacientes, 137 eram do sexo masculino (48,07%) e 148, do sexo feminino (51,93%). As seguintes IOLs foram utilizadas: RayOne Trifocal (Rayner, Worthing, Reino Unido), Lucidis (Swiss Advanced Vision, Neuchâtel, Suíça), PanOptix (Alcon, Fort Worth, EUA), LentisMplus (Oculentis, Berlim, Alemanha), TecnisSymfony (Abbott, Illinois, EUA) e Acriva Trinova (VSY Biotechnology, Istambul, Turquia). Resultados: Não houve diferenças significativas entre os grupos em relação à idade, sexo, comprimento axial, média da acuidade visual não corrigida pré e pós-operatória (AVNC), melhor acuidade visual corrigida (MAVC), equivalente esférico pré-operatório médio (EE) e EE pós-operatório médio (medição subjetiva) (P > 0,05). As refrações pós-operatórias medidas com autorefratômetro foram mais míopes do que as refrações subjetivas em todos os pacientes, exceto naqueles que usavam LIO PanOptix. No décimo segundo mês pós-operatório, a AVNC média chegou a 0,00 logMAR em 405 olhos (78,48%); no entanto, a medição autorefractométrica média foi de -1,28 ± 1,02 (0,00_-2,75) D. Conclusão: As medições autorefractométricas de todos os pacientes que usavam LIOs premium, exceto LIO PanOptix, não foram coerentes com suas acuidades visuais no pós-operatório. Oftalmologistas e/ou optometristas devem ter cuidado ao examinar pacientes com esses perfis.

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