A AFETO-EMOTIVIDADE EM SIMONDON E O CONCEITO DE DESEJO

AUTOR(ES)
FONTE

Kriterion

DATA DE PUBLICAÇÃO

10/01/2020

RESUMO

RESUMO O conceito de desejo é raro na obra de Simondon. Stiegler baseia nessa falta sua crítica ao filósofo, causa de seu caráter “apolítico”. Mas todas as categorias com que está associado o desejo estão presentes: a noção de incompletude (neotenia), o impulso para objetos exteriores (tropismo), a relação necessária entre corpo e coletivo. Este artigo explora as conexões entre o conceito de subconsciente afetivo-emotivo em Simondon e a concepção do desejo como produtor de seus objetos. Essas conexões permitem questionar a inserção de Simondon na filosofia de seu tempo e, pela releitura da crítica de Stiegler, esboçar as diretrizes da reflexão política apoiada em Simondon.ABSTRACT Simondon seldom mentions desire. Stiegler criticizes him for that, arguing it renders his thought “apolitical”. Yet, every category to which desire is associated can be found in Simondon: a notion of incompleteness (neoteny), the impulse towards exterior objects (tropism), the relation between body and collective. This paper explores the links between Simondon's affective-emotive subconscious and the concept of desire, conceived as producer of its objects. These connections help to question Simondon's link to other philosophers of his day, by means of a reading of Stiegler's critique, which helps to sketch the outlines of a political reflection based on Simondon.

Documentos Relacionados