Antropologia Do Direito
Mostrando 1-12 de 103 artigos, teses e dissertações.
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1. Antigos mestres do espaço, novos protetores dos homens: formando um povoado na Amazônia brasileira
Resumo: Com base em uma pesquisa perto de Santarém (Pará), o artigo busca questionar a impressão de impermeabilidade entre “santos” e “encantados”, como foi enfatizada pela antropologia amazônica. Analisando as conexões entre as duas categorias, e a sua divisão em subcategorias, sugere-se que sua alternância tece uma narrativa sobre a emancipa
Religião & Sociedade. Publicado em: 2022
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2. Saúde indígena potyguara: por outras configurações políticas e estéticas na Saúde Coletiva
Resumo Desde seu entendimento como ausência de doença, bem-estar, até direito humano, o conceito saúde indígena, na literatura acadêmica, apresenta-se empobrecido de questões que dizem respeito à vida nas aldeias indígenas. São reduzidas as publicações no Ceará, sendo a maior parte, principalmente, de pesquisadores da Antropologia e da História
Physis. Publicado em: 16/09/2019
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3. “Viver dignamente”: necessidades e demandas de saúde de homens trans em Salvador, Bahia, Brasil
Resumo: Este artigo discute as necessidades e demandas de saúde de homens trans, tema pouco estudado que, com frequência, interpela a construção de práticas de cuidado em saúde para esta população. Foi realizada uma pesquisa qualitativa composta de observação participante e entrevistas semiestruturadas com dez homens trans residentes em Salvador, B
Cad. Saúde Pública. Publicado em: 11/10/2018
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4. A Cosmopolítica da gestação, do parto e do pós-parto: autoatenção e medicalização entre os índios Munduruku
A pesquisadora Raquel Paiva Dias-Scopel, do Instituto Leônidas e Maria Deane (ILMD/Fiocruz Amazônia), levanta questões sobre a valorização e respeito à diversidade étnica e cultural dos povos indígenas e a difícil interface com o processos de medicalização e do direito ao acesso aos serviços de saúde biomédicos. O livro é parte da Coleção Saúde dos Povos Indígenas, da Editora Fiocruz e partiu da tese de doutorado defendida em 2014 no Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Foi publicado pela primeira vez em 2015 pela Associação Brasileira de Antropologia com o título A Cosmopolítica da Gestação, Parto e Pós-Parto: práticas de autoatenção e processo de medicalização entre os índios Munduruku. No prefácio da primeira edição, sua orientadora, a doutora em antropologia e professora titular da UFSC, Esther Jean Langdon, ressalta que o conceito fundamental deste livro é da autoatenção, que aponta para o reconhecimento da autonomia e da criatividade da coletividade, principalmente da família, como núcleo que articula os diferentes modelos de atenção ou cuidado da saúde.
Autor(es): Dias-Scopel, Raquel Paiva
Editora FIOCRUZ. Publicado em: 2018
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5. A política pública como campo multidisciplinar
Muitas são as disciplinas que têm se dedicado ao estudo das ações do Estado, sobretudo a partir dos anos 1980, quando começaram a ganhar fôlego as pesquisas sobre as políticas públicas. Não só diferentes disciplinas se voltaram para esse campo, como os estudos passaram a focar uma grande variedade de temas. Se, por um lado, a pluralidade de olhares contribui para o avanço das pesquisas, por outro, a dispersão disciplinar e temática indica um risco de fragmentação do campo. A necessidade de sistematizar os estudos na área, mas sem abrir mão de um panorama abrangente, motivou o lançamento desta coletânea, que propõe um diálogo entre ciência política, sociologia, administração pública, antropologia, direito, psicologia, demografia, história e relações internacionais. Os capítulos apresentam as teorias e os enquadramentos conceituais que têm sido produzidos e utilizados por cada disciplina. O objetivo é que esse quadro favoreça uma interpretação colaborativa, construída sobre bases teóricas compartilhadas. Além das universidades e das diferentes esferas do governo, outros atores sociais também têm contribuído para o avanço desse campo. “No plano da sociedade, a instrumentalização do conhecimento científico tem sido uma constante por parte de ONGs e grupos de interesse, que não raro se tornam também produtores de conhecimento acerca das políticas públicas e dos problemas societários”, destacam os organizadores. O livro, portanto, é leitura fundamental para quem se interessa pelos desafios do Estado neste início de século e pelas distintas formas de compreensão das políticas públicas.
Autor(es):
Editora FIOCRUZ. Publicado em: 2018
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6. O silêncio de grupos específicos de crianças em pesquisas
RESUMO Temos assistido, pouco a pouco, a ampliação do espaço outorgado à voz das crianças em pesquisas das ciências sociais e humanas, embora historicamente elas tenham tido seu direito de falar negado, por serem vistas como incompetentes para julgar e informar adequadamente. O artigo discute como a perspectiva delas vem sendo incorporada na pesquisa b
Educ. rev.. Publicado em: 2017-06
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7. A (não) vacinação infantil entre a cultura e a lei: os significados atribuídos por casais de camadas médias de São Paulo, Brasil
Resumo: O objetivo deste estudo foi compreender como pais de camadas médias de São Paulo, Brasil, significam as normatizações da vacinação no país, a partir de suas vivências de vacinar, selecionar ou não vacinar os filhos. Foi realizada abordagem qualitativa por meio de entrevista em profundidade. O processo analítico guiou-se pela análise de con
Cad. Saúde Pública. Publicado em: 09/03/2017
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8. ASSIMETRIAS DA ANTROPOLOGIA SIMÉTRICA DE BRUNO LATOUR
Bruno Latour oferece uma das mais interessantes críticas à modernidade ocidental. Seu postulado básico é considerar equanimemente humanos e não humanos, tratando de maneira rigorosamente simétrica o social, a natureza e o discurso. O artigo avalia em que medida a simetria é preservada à luz de quatro pontos críticos: a rede de atores é na verdade u
Rev. bras. Ci. Soc.. Publicado em: 03/11/2016
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9. Saúde global: olhares do presente
No âmbito da saúde, evidencia-se a necessidade de novas abordagens que levem em conta a relação do local com o global/universal. Composta por processos muito dinâmicos no tempo e no espaço, e pautada por valores como ética, justiça e solidariedade, a saúde global é um campo com grande potencial de crescimento e cada vez mais atrai a atenção de instituições acadêmicas. Este livro descreve o surgimento desse campo de estudos e apresenta algumas definições do termo saúde global; contextualiza a saúde ambiental global e discute os problemas ecológicos de maior vulto enfrentados pela humanidade; enfoca alguns dos determinantes sociais das doenças não transmissíveis; mostra que as doenças infecciosas ainda constituem questões relevantes e urgentes no âmbito mundial; e aborda algumas questões socioambientais e de saúde transfronteiriças no nosso continente. O livro, portanto, apresenta as bases formadoras da saúde global e busca despertar interesse e vocações para o campo, onde os atores da área da saúde devem atuar em conjunto com as próprias comunidades e com profissionais de outros setores, como direito, agricultura, meio ambiente, engenharia, diplomacia, sociologia, antropologia, geografia e comunicação. “Argumenta-se a favor de compromisso com todos no mundo, em relações não assimétricas, em que o conhecimento e a cultura de todos os povos tenham contribuições válidas, que possam se somar na construção da saúde global, como ciência emergente”, afirma a autora.
Autor(es): Ribeiro, Helena
Editora FIOCRUZ. Publicado em: 2016
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10. DO DIREITO À CIDADE AO FAZER-CIDADE. O ANTROPÓLOGO, A MARGEM E O CENTRO
Resumo Neste artigo, proponho definir a antropologia da cidade como a exploração etnográfica e a compreensão reflexiva das situações, dos lugares e dos movimentos que "fazem cidade". Fazer-cidade é o meio para a instauração do "direito à cidade", aqui e agora. De acordo com esta concepção, algumas práticas polêmicas ou eventualmente minoritári
Mana. Publicado em: 2015-12
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11. Da dor no corpo à dor na alma: o conceito de violências psicológicas da Lei Maria da Penha
Este artigo expõe os resultados de pesquisa de campo, realizada entre dezembro de 2010 e julho de 2011 em uma cidade do Sul do Brasil, a respeito da instrumentalização do conceito de violências psicológicas, trazido pela Lei Maria da Penha (Lei 11.340/06), a fim de construir uma leitura da lei a partir deste conceito. Os dados são referentes às/aos ag
Rev. Estud. Fem.. Publicado em: 2015-05
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12. A crise da psiquiatria centrada no diagnóstico e o futuro da clínica psiquiátrica: psicopatologia, antropologia médica e o sujeito da psicanálise
O avanço da psiquiatria contemporânea pelas vias da biomedicina conduziu à impressão de que a psicopatologia, enquanto ciência do padecimento humano em suas diferentes dimensões, teria se tornado obsoleta. Uma nosologia psiquiátrica construída em bases exclusivamente biológicas e experimentais tomaria seu lugar, fundando definitivamente a psiquiatri
Physis. Publicado em: 2014-12