Síndrome de Burn-out: um olhar para o esgotamento profissional do docente universitário

AUTOR(ES)
FONTE

Avaliação (Campinas)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2021-05

RESUMO

As dimensões do estresse no trabalho repercutem sobre a saúde dos indivíduos podendo causar distúrbios que impactam na qualidade de vida e/ou produtividade. As disfunções emocionais possuem traços comuns que permitem estudar as variáveis que compõem a Síndrome de Burn-out. Esse estudo procurou compreender esse tema no universo da docência de ensino superior a partir da produção científica dos últimos cinco anos. Os resultados evidenciaram a preocupação com o adoecimento silencioso do docente, buscando o entendimento clínico das repercussões do estresse a partir da aplicação de testes validados e da identificação dos potenciais causadores do desequilíbrio emocional que acomete a qualidade de vida a partir das atividades laborais. Na tentativa de compreender a vulnerabilidade, houve destaque para recomendações preventivas em grupos com maior propensão ao Burn-out, citando, dentre esses, as docentes com idades extremas ou do sexo feminino. Os influenciadores externos (relacionados ao ambiente acadêmico, cultura organizacional e alta demanda de trabalho com tarefas diversificadas), bem como as propensões pessoais (como enfermidades psicológicas prévias, resiliência e espiritualidade) são abordados como aspectos importantes para o enfrentamento, e como propostas de intervenção. A contextualização da Síndrome de Burn-out em docentes universitários abarca campos de ordem pessoal, filosófica, psicológica, cultural e organizacional. Assim, é possível concluir que as propostas de intervenção e controle ainda são subjetivas, o que é influenciado pelo fato de que a Síndrome ainda não é reconhecida como uma doença, e de que a maioria das pesquisas busca entender as proporções e características dessa condição.

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