Qual a idade para realização da cirurgia de correção das deformidades maxilares em paciente fissurado? Quais os objetivos do tratamento?

AUTOR(ES)
FONTE

Núcleo de Telessaúde Sergipe

DATA DE PUBLICAÇÃO

12/06/2023

RESUMO

A correção cirúrgica das deformidades maxilares é mais bem realizada quando o esqueleto está maduro e os dentes foram ortodonticamente alinhados. O crescimento craniofacial está geralmente completo entre as idades de 14 e 16 anos, nas mulheres, e entre 16 e 18 anos, nos homens. Todavia, o crescimento esquelético é variável, e uma avaliação do fechamento da placa de crescimento epifiseal deve ser feita por meio de radiografia de punho

.

Os objetivos específicos do tratamento operatório no paciente fissurado incluem o aspecto estético normalizado do lábio e do nariz; fechamento primário e secundário do palato; linguagem, fala e audição normalizadas; permeabilidade das vias aéreas; oclusão classe I e função mastigatória normal; dentes e periodonto saudáveis; desenvolvimento psicossocial normal

.

Está demonstrado o risco de intervenções sobre a fissura lábio-palatina e alterações do crescimento da maxila

, além dos problemas gerados pela própria mal-formação. As explicações sugeridas são:

1. Qualquer intervenção cirúrgica resulta em cicatrizes, e essas podem retardar ou afetar completamente o desenvolvimento da maxila;

2. A técnica de cirurgia proposta: quanto mais traumática a cirurgia, maior as repercussões no crescimento da maxila;

3. A idade do paciente no momento da indicação cirúrgica corretiva para lábio e palato (quanto mais precoce, maior o comprometimento);

4. Cuidados pré e pós-cirúrgicos, incluindo atividades multidisciplinares;

5. A própria fissura funciona como fator restritivo ao desenvolvimento da maxila; e

6. A gravidade da fissura. (

).

De vez que as cirurgias primárias do lábio e do palato (fator primário preponderante) parecem exercer um efeito restritivo ao crescimento da maxila (já segmentado pela deformidade), os cuidados na realização da cirurgia inicial são essenciais para o sucesso final do tratamento

.

1. Freitas RS.; Junior, L.W.C.; Roça, G.B.; Busato, L.S.; Alonso, N.; D’Oro,U. Cirurgia ortognática nos portadores de fissuras lábiopalatais: experiência e desafios. Rev Bras Cir Craniomaxilofac 2009; 12(3): 89-93. Disponível em:

2. Silva Filho OG, Rosa LAA, Lauris RCMC. Influence of isolated cleft palate and palatoplasty on the face. J Appl Oral Sci. 2007;15(3):199-208. Disponível em:

3. Shetye PR. Facial growth of adults with unoperated clefts. Clin Plast Surg. 2004;31(2):361–71. Disponível em:

4. Miachon MD, Leme PLS. Tratamento operatório das fendas labiais. Rev. Col. Bras. Cir. 2014; 41(3): 208-215. Disponível em:

ASSUNTO(S)

saúde bucal dentista d20 sinais / sintomas da boca / língua / lábios cirurgia bucal deformidades dentofaciais fissura palatina

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