Idade de introdução de alimentos ultraprocessados entre pré-escolares frequentadores de centros de educação infantil,

AUTOR(ES)
FONTE

J. Pediatr. (Rio J.)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2017-10

RESUMO

Resumo Objetivo: Identificar a idade e os fatores associados com a introdução de alimentos ultraprocessados (AUP) na alimentação de pré-escolares. Métodos: Estudo transversal feito entre março e julho/2014 com 359 pré-escolares de 17 a 63 meses matriculados em centros de educação infantil. O tempo até a introdução dos AUP (variável de desfecho) foi descrito por meio do estimador de Kaplan-Meiere, o teste log-rank usado para comparar as funções de sobrevida das variáveis independentes. Por fim, analisaram-se os fatores associados à introdução de AUP por meio de modelo múltiplo de riscos proporcionais de Cox. Os resultados foram apresentados como hazard ratios com seus respectivos intervalos de confiança de 95% (HR [IC95%]). Resultados: A mediana de introdução de AUP foi de seis meses. Entre o terceiro e o sexto mês houve um incremento importante na probabilidade de introduzir AUP na alimentação das crianças; enquanto a probabilidade no terceiro mês varia entre 0,15 e 0,25, no sexto mês a variação ocorre de 0,6 e 1,0. No modelo final de riscos proporcionais de Cox identificamos que gravidez não desejada (1,32 [1,05-1,65]), não feitura do pré-natal (2,50 [1,02-6,16]) e renda ≥ dois salários mínimos (1,50 [1,09-2,06]) se apresentaram como riscos independentes para a introdução de AUP. Conclusão: Identificamos que até o sexto mês de vida aproximadamente 75% dos pré-escolares já haviam recebido um ou mais AUP em sua alimentação. Além disso, observamos que as famílias mais pobres, bem como fatores pré-natais desfavoráveis, se associaram com a introdução precoce de AUP.

ASSUNTO(S)

pré-escolar sobrepeso obesidade alimentação complementar alimentos industrializados nutrição da criança

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