Homicídios da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) no Brasil: uma Análise Espacial
AUTOR(ES)
Mendes, Wallace Góes; Silva, Cosme Marcelo Furtado Passos da
FONTE
Ciênc. saúde coletiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2020-05
RESUMO
Resumo A violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgêneros (LGBT) sempre foi presente em nossa sociedade, sendo o Brasil “o país que mais registra crimes letais contra essa população no mundo”. O objetivo foi descrever as características dos homicídios de LGBT ocorridos no Brasil por meio de uma análise espacial. Utilizou-se a taxa de homicídios de LGBT para facilitar a visualização da distribuição geográfica dos homicídios. As vias públicas e as residências das vítimas são os lugares mais comuns das ocorrências dos crimes. As armas brancas são as mais usadas no acometimento contra homossexuais masculinos e as armas de fogo para transgêneros, mas ainda é comum os espancamentos, asfixia e outras crueldades com as vítimas. As vítimas estão na faixa etária entre 20 a 49 anos e tendem a ser brancas ou pardas. As regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste apresentaram as taxas de homicídios de LGBT acima da nacional, justamente as regiões com IDH mais baixos. Os homicídios contra LGBT são, em geral, “crimes de ódio” e um grave problema de saúde pública por vitimizar jovens, principalmente os transgêneros. Esses crimes precisam ser enfrentados pelo poder público, que se inicia pela criminalização da homofobia e de elaboração de políticas públicas que diminuam a cultura do ódio e disseminem o respeito à diversidade.
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