Campanha de prevenção do câncer de boca: estamos atingindo o verdadeiro público-alvo?

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-02

RESUMO

Introdução: As neoplasias malignas de cavidade oral possuem alta taxa de mortalidade. Por essa razão, existem diversas campanhas de prevenção do câncer bucal, visando orientar a população e diagnosticar lesões em estágio precoce. Contudo, vários estudos contestam a validade dessas iniciativas, uma vez que o público alvo atingido pode não representar o verdadeiro grupo de risco. Objetivo: Descrever o perfil dos pacientes que procuraram a campanha de prevenção, identificar a presença de lesões orais e comparar os dados com o perfil epidemiológico de pacientes portadores de câncer bucal. Método: Coorte histórica transversal. Foram levantados os dados epidemiológicos da campanha "Abra a boca para a saúde" dos anos de 2008 a 2013. Resultados: Nos anos avaliados, 11965 pessoas foram atendidas e 859 lesões diagnosticadas, todas benignas. A predominância foi do sexo feminino (52,7%), com média de idade de 44 anos (± 15,4 anos), 26% eram tabagistas e 29% relatavam uso de álcool. Sabe-se que o grupo de risco corresponde a homens, entre 60 e 70 anos, tabagistas e etilistas. Conclusão: A população que procura a campanha não é o principal grupo de risco para a doença, fato que explica o baixo número de lesões detectadas e nenhum câncer.

ASSUNTO(S)

neoplasias bucais neoplasias de cabeça e pescoço promoção da saúde epidemiologia e bioestatística

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